O Ministério da Educação (MEC) lançou, nesta quarta-feira (18), o programa "Quero Ser Cientista, Quero Ser Professor", para incentivar a iniciação à pesquisa científica e à vida acadêmica nas escolas públicas, principalmente, nos estudos de disciplinas como matemática, física, químicas e biologia.
Para o ministro da Educação, Aloísio Mercadante, “o objetivo do programa é despertar o interesse dos estudantes do ensino médio pelas ciências, especialmente, na matemática, física e química para, no futuro, quem sabe, serem professores dessas disciplinas". Segundo dados do MEC, somente 3% das matrículas no ensino superior são para cursos de ciências exatas.
Ainda, segundo o ministro, no programa, as universidades e institutos federais de educação, ciência e tecnologia têm a atribuição de selecionar os bolsistas. As instituições que aderirem terão que apresentar propostas de atividades a serem desenvolvidas em articulação com as secretarias estaduais de Educação.
O Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) aprova a iniciativa do MEC destacando que o programa converge para um dos pontos contidos no documento, elaborado pelo Conselho e entregue ao ministro Mercadante, no final de 2012, com o diagnóstico e propostas de melhoria para o Ensino Médio, resultado do trabalho integrado entre os secretários de todos os estados.
Com foco nos estudantes do ensino médio e dos anos finais do ensino fundamental da rede pública dos estados, o programa terá aplicação inicial nas mais de cinco mil escolas participantes do Programa Ensino Médio Inovador. Também terão prioridade às bolsas, os estudantes premiados em olimpíadas científicas e participantes de projetos vinculados a programas apoiados pela Capes e pelo CNPq.
Segundo o MEC, o investimento inicial será de R$ 54 milhões no primeiro ano. A partir de fevereiro de 2014, serão contemplados 40 mil alunos, número que deverá ser ampliado a 100 mil estudantes até 2015. O valor, repassado aos estudantes de ensino médio, será R$ 150 e será fornecido por meio de bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Além de incentivo financeiro, o governo também pretende preparar materiais didáticos que estimulem o interesse dos alunos por matemática, física, química, biologia e astronomia. Chamado de Aventuras na Ciência, o material, segundo o MEC, será produzido por cientistas brasileiros.
As universidades e institutos federais de educação, ciência e tecnologia participantes de programas de formação e valorização docente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), poderão formalizar adesão ao programa a partir da publicação da portaria pela CAPES, que deve ocorrer até o final deste mês.
Ensino Médio Inovador
O Programa Ensino Médio Inovador- ProEMI, instituído pela Portaria nº 971, de 9 de outubro de 2009, integra as ações do Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE, como estratégia do Governo Federal para induzir a reestruturação dos currículos do Ensino Médio.
O objetivo do ProEMI é apoiar e fortalecer o desenvolvimento de propostas curriculares inovadoras nas escolas de ensino médio, ampliando o tempo dos estudantes na escola e buscando garantir a formação integral com a inserção de atividades que tornem o currículo mais dinâmico, atendendo também as expectativas dos estudantes do Ensino Médio e às demandas da sociedade contemporânea.
Os projetos de reestruturação curricular possibilitam o desenvolvimento de atividades integradoras que articulam as dimensões do trabalho, da ciência, da cultura e da tecnologia, contemplando as diversas áreas do conhecimento a partir de 8 macrocampos: Acompanhamento Pedagógico; Iniciação Científica e Pesquisa; Cultura Corporal; Cultura e Artes; Comunicação e uso de Mídias; Cultura Digital; Participação Estudantil e Leitura e Letramento.
A adesão ao Programa Ensino Médio Inovador é realizada pelas Secretarias de Educação Estaduais e Distrital, as escolas de Ensino Médio receberão apoio técnico e financeiro, através do Programa Dinheiro Direto na Escola - PDDE para a elaboração e o desenvolvimento de seus projetos de reestruturação curricular.
Fonte: ASCOM - SEDUC MA