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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Cresce demanda por profissionais para atuar em cursos técnicos

       A presença de profissionais capacitados nas principais áreas de produção do país, como construção civil, automação, alimentos e bebidas, eletroeletrônica, energia e têxtil, é fundamental para que o país cresça economicamente. Trabalhadores qualificados para exercerem suas atividades implicam em melhores resultados. Por isso, para que o país possa atingir as metas econômicas estabelecidas pelo governo, deve-se investir na educação profissional.
       Com isso, a demanda por profissionais técnicos, ou seja, especializados em uma determinada área, tem sido cada vez maior, o que implica diretamente no crescimento da oferta de cursos técnicos. O sistema federal de ensino, por exemplo, teve aumento considerável na oferta desse tipo de curso: em 2002, havia 140 estabelecimentos de ensino; atualmente são 366 e estima-se que em 2014 o número aumente para 486 instituições que ofertam cursos nessa modalidade.
       Além da possibilidade de contratação imediata, alunos de cursos técnicos possuem vantagens relevantes, comparados aos cursos de graduação, como mensalidades mais acessíveis, conclusão do curso em menor espaço de tempo (geralmente dois anos), rápido retorno do investimento e salários atrativos. Segundo uma pesquisa realizada pelo Serviço Nacional de Aprendizagem (Senai) entre março de 2011 e abril deste ano, foram gerados 1,04 milhão de postos de trabalhos para profissionais técnicos. O levantamento, feito em 17 estados e no Distrito Federal, também apontou que a remuneração média de admissão dos trabalhadores técnicos das atividades mais demandadas pela indústria é R$ 2.085,57, valor superior aos salários de muitos trabalhadores com ensino superior completo.
       Os profissionais técnicos mais buscados em São Paulo são projetistas e técnicos em manutenção, com vencimentos iniciais brutos de R$ 4,1 mil e R$ 3,5 mil, respectivamente. Já no Rio de Janeiro, técnicos em mineração e técnicos em mecatrônica possuem a maior remuneração: R$ 8,6 mil e R$ 4 mil. Em Minas Gerais, técnicos em mineração e em petróleo e gás recebem salários iniciais de R$ 4 mil. Uma pesquisa realizada pelo Ministério da Educação (MEC), de 2009 a 2011, apontou que as matrículas em cursos técnicos cresceram mais de 12%, pulando de 537,6 mil para 669,7 mil estudantes. A pesquisa do MEC apontou, ainda, que no mesmo período as matrículas nos cursos online cresceram 162,19%, registrando 75.364 mil alunos em 2011, enquanto em 2009, eram apenas pouco mais de 19 mil estudantes na modalidade. A expectativa é que o Brasil precise de 7,2 milhões de trabalhadores técnicos até 2015.
      A crescente demanda por cursos técnicos implica diretamente na necessidade de profissionais especializados para atuar na área, como professores, gestores, orientadores, coordenadores, assessores, secretários escolares e laboratoristas. Esses profissionais precisam estar preparados para participar de forma efetiva dos novos caminhos a serem trilhados com capacidade técnica e com compromisso social. Por isso, cursos de especialização em docência na educação profissional de nível técnico são fundamentais para a compreensão dos fundamentos e das especificidades dessa modalidade de ensino.
      O Pronatec é um programa do governo federal que oferece cursos técnicos a jovens estudantes da rede pública que estão regularmente matriculados. Na URE de São João dos Patos o programa já é oferecido desde 2011 pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Cultura do Maranhão.
 

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